plano estratégico de captação de recursos

Como montar um plano estratégico de captação para sua ONG

Se você é um líder social que trabalha em uma organização não governamental (ONG), sabe que um dos maiores desafios é garantir a sustentabilidade financeira da sua instituição. Para isso, é preciso ter um plano estratégico de captação de recursos, que defina os objetivos, as estratégias, as fontes, os custos e os indicadores de sucesso da sua captação.

Mas como montar um plano estratégico de captação para ONG? Neste artigo, vamos apresentar alguns passos que podem ajudá-lo nessa tarefa. Confira!

1. Faça um diagnóstico da sua situação atual

O primeiro passo para montar um plano estratégico de captação para ONG é fazer um diagnóstico da sua situação atual. Isso significa analisar os seguintes aspectos:

  • A missão, a visão e os valores da sua ONG;
  • Os projetos e as atividades que a sua ONG realiza ou pretende realizar;
  • O público-alvo e os beneficiários da sua ONG;
  • O orçamento e o fluxo de caixa da sua ONG;
  • As fontes e os métodos de captação que a sua ONG utiliza ou já utilizou;
  • Os resultados e os impactos que a sua ONG alcançou ou espera alcançar.

Essa análise vai ajudá-lo a identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria da sua captação, bem como os desafios e as ameaças que podem afetá-la.

2. Defina os objetivos e as metas da sua captação

plano estratégico de captação de recursos

O segundo passo para montar um plano estratégico de captação para ONG é definir os objetivos e as metas da sua captação. Os objetivos são as finalidades gerais que você quer alcançar com a sua captação, como por exemplo:

  • Garantir a sustentabilidade financeira da sua ONG;
  • Ampliar o alcance e o impacto dos seus projetos;
  • Fortalecer a imagem e a credibilidade da sua ONG;
  • Diversificar as fontes e os métodos de captação.

As metas são os resultados específicos e mensuráveis que você quer atingir com a sua captação, como por exemplo:

  • Captar R$ 100 mil em doações individuais até o final do ano;
  • Conseguir 10 novos parceiros corporativos até o final do semestre;
  • Aumentar em 50% o número de doadores recorrentes até o final do trimestre;
  • Reduzir em 20% os custos operacionais da captação até o final do mês.

Os objetivos e as metas devem ser SMART, ou seja, específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Eles devem estar alinhados com a missão, a visão e os valores da sua ONG, bem como com os projetos e as atividades que a sua ONG realiza ou pretende realizar.

3. Escolha as estratégias e as fontes da sua captação

O terceiro passo para montar um plano estratégico de captação para ONG é escolher as estratégias e as fontes da sua captação. As estratégias são os caminhos que você vai seguir para alcançar os seus objetivos e as suas metas, como por exemplo:

  • Desenvolver uma campanha de marketing digital para divulgar a sua ONG e atrair doadores;
  • Realizar eventos beneficentes para arrecadar fundos e engajar a comunidade;
  • Elaborar projetos e editais para captar recursos de órgãos públicos e privados;
  • Criar um programa de fidelização e relacionamento para reter e fidelizar os doadores.

As fontes são os tipos de doadores ou financiadores que você vai buscar para a sua captação, como por exemplo:

  • Doadores individuais, que são pessoas físicas que doam voluntariamente para a sua ONG;
  • Parceiros corporativos, que são empresas que doam ou patrocinam a sua ONG em troca de benefícios fiscais ou de imagem;
  • Fundações e institutos, que são organizações que doam ou financiam projetos sociais de acordo com suas áreas de atuação e critérios de seleção;
  • Governos e agências internacionais, que são entidades que doam ou financiam projetos sociais de acordo com suas políticas públicas e agendas globais.

As estratégias e as fontes devem ser escolhidas de acordo com os seus objetivos e as suas metas, bem como com o seu público-alvo e os seus beneficiários. Elas devem ser diversificadas e complementares, para evitar a dependência de uma única fonte ou método de captação.

4. Estime os custos e os recursos da sua captação

O quarto passo para montar um plano estratégico de captação para ONG é estimar os custos e os recursos da sua captação. Os custos são os gastos que você vai ter para realizar a sua captação, como por exemplo:

  • Custos diretos, que são os gastos específicos e identificáveis com a sua captação, como materiais, serviços, taxas, impostos, etc.;
  • Custos indiretos, que são os gastos gerais e compartilhados com a sua ONG, como aluguel, energia, água, internet, telefone, etc.;
  • Custos de oportunidade, que são os benefícios que você deixa de obter ao investir na sua captação, como tempo, mão de obra, espaço, etc.

Os recursos são os meios que você vai utilizar para realizar a sua captação, como por exemplo:

  • Recursos humanos, que são as pessoas que vão trabalhar na sua captação, como funcionários, voluntários, consultores, etc.;
  • Recursos materiais, que são os objetos que vão auxiliar na sua captação, como equipamentos, ferramentas, softwares, etc.;
  • Recursos financeiros, que são os valores que vão financiar a sua captação, como doações, patrocínios, empréstimos, etc.

Os custos e os recursos devem ser estimados de forma realista e transparente, levando em conta os seus objetivos e as suas metas, bem como as suas estratégias e as suas fontes. Eles devem ser monitorados e controlados, para garantir a eficiência e a eficácia da sua captação.

5. Defina os indicadores e as ferramentas de avaliação da sua captação

plano estratégico de captação de recursos

O quinto e último passo para montar um plano estratégico de captação para ONG é definir os indicadores e as ferramentas de avaliação da sua captação. Os indicadores são as medidas que vão mostrar o desempenho e o impacto da sua captação, como por exemplo:

  • Indicadores de quantidade, que mostram o volume ou a frequência da sua captação, como número de doadores, valor captado, taxa de conversão, etc.;
  • Indicadores de qualidade, que mostram o nível ou a satisfação da sua captação, como índice de retenção, grau de fidelização, nível de engajamento, etc.;
  • Indicadores de resultado, que mostram o efeito ou a consequência da sua captação, como aumento da receita, redução dos custos, melhoria da imagem, etc.

As ferramentas são os meios que vão facilitar a coleta e a análise dos dados da sua captação, como por exemplo:

  • Ferramentas de gestão, que ajudam a organizar e a administrar a sua captação, como planilhas, cronogramas, orçamentos, etc.;
  • Ferramentas de comunicação, que ajudam a divulgar e a interagir com a sua captação, como sites, redes sociais, e-mails, etc.;
  • Ferramentas de monitoramento, que ajudam a acompanhar e a avaliar a sua captação, como relatórios, gráficos, dashboards, etc.

Os indicadores e as ferramentas devem ser definidos de acordo com os seus objetivos e as suas metas, bem como com os seus custos e os seus recursos. Eles devem ser utilizados de forma contínua e sistemática, para garantir a aprendizagem e a melhoria da sua captação.

Quer se aprofundar mais no assunto? Fica uma ótima dica de leitura: O livro – ‘Captação de recursos para projetos sociais‘, disponível na Amazon.com.

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